A fronteira brasileira não-ocupada compreende quase 1.220 quilômetros ao norte do estado do Pará, na fronteira com a Guiana e o Suriname. A ausência do Estado na região tem favorecido, "de forma inegável", a prática de crimes como o tráfico de minério, de pessoas, armas e drogas, entre outras atividades ilícitas.
Atualmente, 279 soldados guardam as três unidades militares responsáveis pela vigilância de toda a fronteira norte da Amazônia Oriental, que se estende do Amapá ao norte do Pará. Outro pelotão, com 65 homens, é responsável pela linha fronteiriça de Roraima com a Guiana.
O Comandante da 8ª Região Militar, general Jeannot Jansen Filho, disse que há poucos homens, porém não basta enviar mais soldados para lá se não houver recursos para mantê-los. Também faltam equipamentos como embarcações, motores de popa, helicópteros e material de comunicação.
O general afirmou também que a solução dos problemas na fronteira não é simples e exige planejamento logístico: "Primeiro, eu tenho que dar melhores condições aos militares que já estão lá, preciso construir casas para levarem suas famílias e para que eu não tenha de substituí-los de tempos em tempos. Eles devem viver bem lá, pois assim poderão se integrar com a população."
Há também a preocupação com a ponte a ser construída sobre o Rio Oiapoque, ligando Macapá (AP) à capital da Guiana Francesa, Caiena, que exigirá maior atuação do Estado.
William Ortmann
domingo, 20 de abril de 2008
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