Náufrago mata quatorze pessoas no Amazonas

Barcos circulam nos rios da região lotados de passageiros, nas piores condições possíveis de segurança.Semana passada ocorreu um choque entre duas embarcações.Cartoze pessoas morreram afogadas, entre elas, 7 crianças.

Os sobreviventes contam que o acidente ocorreu por barbeiragem.O barco de passageiros Almirante Monteiro transportava 112 pessoas para Manaus. Na madrugada do dia 21, antes do navio chegar a seu destino, o comandante foi surpreendido por uma balsa, que carregava combustível e descia o rio com as luzes apagadas.

A balsa estava no canal reservado às embarcações que navegavam no sentido oposto.Sendo assim, não houve tempo de impedir a colisão. O choque triturou o casco do Almirante Monteiro sendo ele uma gaiola (tipo de embarcação de madeira), assim, a água invadiu seus porões e o gaiola começou a afundar. A balsa não sofreu danos porque seu casco é revestido de placas de aço, e o que mais se admira é que os tripulantes da balsa nem sequer pararam para ajudar os passageiros da outra embarcação.

Os passageiros foram socorridos por uma embarcação da Policia Cívil que estava a meia hora do ponto no naufrago.Alguns passageiros pularam na água e tentaram nadar 90 metros até a margem, muitos não conseguiram completar a travessia.Aos passageiros que ficaram no barco, tiveram sorte, pois o Almirante bateu em um banco de areia e não afundou completamente.

Adejamar Andrade o piloto da balsa nega que estivesse na contramão. Suspeito de transportar carga ilegal , por ter apagado as luzes da balsa.Poderá ser indiciado por homicídio culposo.

Cabe a Marinha fiscalizar esse movimento e monitorar as cerca de 100.000 embarcações que cruzam diariamente a região.Sendo necessário checar se navegam com excesso de passageiros, de carga ou se respeitam as leis de navegação.Como a Marinha só dispõe de 200 homens para essa tarefa, os acidentes com vítimas fatais continuam a se suceder nos rios da Amazônia. É mais uma tragédia brasileira!

Bruna Konkewicz